Restituir a Esperança
Churchil, disse que a democracia é o pior regime excetuando todos os outros. Por muitos defeitos que a democracia tenha é sem dúvida um bem a preservar. Todavia seria de supor que todos nela participassem, quanto mais não fosse, através do voto. Porém o que se verifica é que quase metade dos que poderiam votar não o fazem.
Convém desde já esclarecer que não se pretende de modo nenhum fazer a menor crítica àqueles que votam ou aos que podendo fazer não o fazem. Parece ter-se chegado a uma situação em que as pessoas têm grandes dificuldades em decidir em quem votar. Olham à sua direita e à sua esquerda e não vêm diferenças. As coisas funcionam alternadamente. Num período uns e noutros períodos outros, mas os mesmos! O que sucede ao outro, culpa-o por ter deixado tudo mal e o outro quando lhe sucede, acusa-o do mesmo!. Quando estão na oposição têm maneiras de resolver tudo e quando lá chegam é o que se vê, cada um parece fazer pior que o outro!
Tanto os que estão no poder como os que os substituem revelam não ter qualquer respeito pelo que dizem ou prometem. Arranjam sempre desculpa, ou porque interpretaram mal as suas palavras ou porque quando chegaram as coisas estavam piores do que eles pensavam!
Perante tamanha falta de escrúpulos dos que dirigem, muitos optam por não por os pés ao caminho para votarem em quem quer que seja. Ficam submetidos à vontade dos que lá vão. Deixam aos outro que decidam por eles. Um ou outro tanto lhes faz. Por isso em vez de atirarem uma moeda ar para decidirem em quem votar, poupam-se ao trabalho de escolher cara ou coroa!
Perante isto a situação está a degradar-se sendo necessário o aparecimento de novos atores, para possibilitar novos começos que restituam a esperança aos que já a perderam e aos que a vão começando a perder.