Porquê a formação elearning?
Quem já não passou por uma experiência de aprendizagem facilitada pela tecnologia? Quem ainda não beneficiou da partilha de conhecimento na Internet facilitada pelos motores de pesquisa ou pelas redes sociais (Facebook, Instagram, Twitter, Linkedin, etc.)?
As exigências impostas pela globalização, pelos desafios do mundo atual (desenvolvimento sustentável e proteção do ambiente, responsabilidade social, etc.), pelo aumento exponencial dos meios de comunicação e pela sua acessibilidade, levam as organizações a apostar cada vez mais na qualificação dos seus recursos humanos, enquanto fator primordial de competitividade pela qualidade. Neste contexto, e desde há algum tempo, surgiu a exigência de serem criadas alternativas de formação contínua que permitam responder à necessidade de aprender a um ritmo cada vez mais acelerado, em qualquer lugar e à medida do ritmo de cada pessoa. Surgiram assim novos dispositivos de formação que conduziram à reconsideração de alguns conceitos tradicionais.
Por outro lado, o atual elevado número de utilizadores da Internet comprova a mudança significativa nas mentalidades que tem vindo a acontecer nos últimos anos, mudança esta que se reflete, necessariamente, na utilização das novas tecnologias ao serviço da formação. Esta nova abordagem à formação abre múltiplas possibilidades, não só pelo recurso a meios mais apelativos para a transmissão de conteúdos, mas também pelo seu impacto no desenvolvimento da autonomia pessoal e da criatividade do formando.
O eLearning, também conhecido por outras designações (formação virtual, ensino online, ensino a distância, etc.) pode ser entendido como um processo que permite a transformação da informação em conhecimento, utilizando como recurso as tecnologias de informação e comunicação, quer ao nível da pesquisa e disponibilização da informação, quer ao nível da interação entre os diversos intervenientes.
De uma forma geral, podemos afirmar que a diferença entre a formação tradicional e a formação em eLearning assenta essencialmente nos suportes físicos de apoio ao formando e, consequentemente, na forma como se transmitem os conteúdos para facilitar a sua apreensão e assimilação. Na formação convencional, o formador assume o papel de elemento dinamizador do estudo dos conteúdos e respetiva transferência, utilizando a sala de formação como espaço físico e recorrendo aos suportes tradicionais (quadro, caneta, projetor, entre outros). No eLearning, independentemente da existência de tutores dinamizadores da formação, é a plataforma online o interface físico entre o formando e a entidade formadora.
Para além disso, aqui o formando é o elemento central do processo de aprendizagem, e é a partir do seu próprio ritmo e das suas necessidades de aprendizagem que se constrói o percurso de autoformação. Nesta perspetiva, o formador/tutor assume-se como um parceiro e elemento catalisador do desenvolvimento da aprendizagem. Concebido desta forma, o eLearning é muito mais do que um processo de aprendizagem sustentado nas novas tecnologias e em que formador e formando se encontram em locais geograficamente distantes.
Ao tirar o máximo partido da Internet, o eLearning vem acrescentar elementos de inovação e um potencial acrescido que é importante destacar e que se relaciona sobretudo com:
- Diversidade de ferramentas e de serviços de comunicação entre todos os intervenientes no processo de ensino-aprendizagem;
- Acesso à informação onde e quando quisermos (“just in time”);
- Conteúdo dinâmico, facilmente publicável e de rápida atualização.
Cada vez mais as pessoas entendem o mundo de maneira diferente pelo que os métodos de ensino também terão de ser readaptados para que possam dar resposta a todo o tipo de participantes. As tecnologias da informação vão trazer a personalização em massa para a aprendizagem e permitir que se sigam caminhos divergentes e que cada um aprenda ao seu ritmo.