Formação inclusiva

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A formação, aliada à educação, é um dos pilares fundamentais do progresso pessoal, profissional, empresarial e, numa esfera mais larga, nacional e global. Esta afirmação é apoiada não apenas pela nossa experiência mas também pelos dados do Inquérito INE de 2016 à Educação e Formação de Adultos, que revela os principais impactos da participação em atividades de educação formal e não formal: encontrar um (novo) emprego/trabalho, ter novas responsabilidades no trabalho, ter melhor desempenho no trabalho e estar mais satisfeito. Ou seja, a formação não proporciona apenas o caminho para a subsistência através da integração ou melhor adaptação num posto de trabalho, mas também melhora o desempenho laboral e a satisfação pessoal e profissional.

Apesar de constituir hoje em dia o elemento mais fraco no desenvolvimento dos sistemas nacionais de aprendizagem ao longo da vida a formação profissional é uma componente vital que desenvolve a capacidade de lidar com a mudança e com a instabilidade profissional e permite a aquisição de competências técnicas e transversais, tais como a capacidade de aprender a aprender, o espírito de iniciativa e o espírito empresarial.

Se a formação dos adultos representa um desafio do ponto de vista financeiro e da gestão do tempo, para as pessoas e para as empresas, a formação inclusiva pode ser até vista como uma quimera, apesar da sua importância para uma sociedade evoluída. E se a educação inclusiva está a ser implementada cada vez mais com sucesso no ensino formal (e não formal) e a integração de pessoas com necessidades especiais nas empresas é já uma realidade e um meio de mostrar o compromisso das mesmas em termos de responsabilidade social, então a formação inclusiva precisa de ser estimulada e apoiada. Em muitos casos não são necessários esforços extraordinários para a pôr em prática mas sim alguma boa vontade, abertura e colaboração por parte dos envolvidos. A formação inclusiva tal como a educação inclusiva pode contribuir para uma sociedade mais altruísta e para a tomada de atitudes que contribuam para a sociedade como um todo, em que a diversidade deve ser vista não como um problema mas como uma oportunidade para aprender a lidar com a diferença num ambiente de respeito mútuo e de valorização pessoal.

A Nova Etapa tem realizado, ainda que de forma algo esporádica, ações de formação no âmbito da inclusão à medida das necessidades de clientes empresariais, bem como apoiado o projeto “A Escola da Maria”, uma plataforma de serviços integrados na área da inclusão. Este ano tivemos a oportunidade de integrar formandos com necessidades específicas em cursos blearning (Formação Pedagógica Inicial de Formadores) para particulares e temos verificado que a chave do sucesso da integração na formação baseou-se essencialmente na ótima cooperação, boa vontade e interesse dos intervenientes. Esperamos que esta experiência se possa tornar uma prática regular contribuindo assim para uma sociedade mais humana e mais acessível.

Um Bem Haja às instituições envolvidas: o IEFP e a Associação Portuguesa de Surdos!

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